Quem diz que a pessoa consegue descrever um evento com o Brasil desse jeito?
Como faz?
1- #diretasjá!
2- #ogolpeénosdireitos
3- #foratodasasreformasgolpis
4- Mas vamos lá:
Lembra que o Cinecão deste ano vem tentando ampliar as formas de seleção dos trabalhos de cada edição? Então, dentre as estratégias utilizadas estão as ações formativas. Iniciado em abril, o laboratório de perfomance “Do Corpo ao Espaço”, facilitado pela artista Luciana Freire D”Anunciação, é a primeira experiência desta nova proposta.
Do doméstico ao espetacular, da experiência pessoal ao imaginário ancestral, do ato político ao universo fantástico, os participantes do Lab de performance dividem com o público durante o Cinecão o resultado de seus processos ao longo das últimas quatro semanas de investigação. Loraine Oliveira, Zzui Ferreira, Irma Brown, Vinicius Dantas e Aline de França, cada um, seguindo seus desejos artísticos particulares, irá se utilizar de ações, gestos e materiais para criar relações com seus respectivos espaços instalativos e com público.
Recebemos também o lançamento do livro Ressaca Tropical (Ubu Editora, 2016), de Jonathas de Andrade, juntamente com uma exibição do seu mais recente filme, O Peixe, que teve sua estréia no ano passado, na 32a Bienal de São Paulo. Antes de virar livro, o Ressaca Tropical nasceu como uma fotoinstalação, composta por 240 peças apresentadas em conjunto com fragmentos de um diário, na Bienal do Mercosul, em 2009. O diário anônimo, encontrado no lixo em 2003, relata as aventuras de um jovem entre 1973 e 1977, e é intercalado por fotografias das coleções de Alcir Lacerda, da Fundação Joaquim Nabuco, Geraldo Delmas e do próprio artista.
Agora, tem mais: o Cinecão traz pela primeira vez em Recife o filme “O Peixe”, nascido no ano passado, em uma parceria de Jonathas com a produtora Desvia e apoiado pelo Funcultura. Filmado em 16mm, com um grupo de pescadores de Piaçabuçu e Coruripe, na foz do Rio São Francisco, entre Alagoas e Sergipe, a obra passeia na fronteira entre ficção e realidade, onde o artista propõe um ritual fictício, no qual homens abraçam suas presas acalmando e acompanhando-as na passagem para a morte. “O filme fala um pouco da relação do povo com a ancestralidade e com a tradição, mas também sobre a relação entre a dominação, o alimento, a natureza, e sobre como isso é naturalizado, mas também bastante violento”, explica Jonathas.
Só em olhar os frames já percebemos a força deste incrível projeto. Então, vem ver esse filme!
O ambiente sonoro estará nas mãos de nossa querida parceira Simone Jubert. As bebidas geladas ficam por conta do Bar “Primeiramente, Diretas Já!”.
Seja lá o que acontecer daqui pra semana que vem, a senha é resistir.