AAAAAAAAAAUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUU!
Comemorando mais um ano de Cinecão independente, colaborativo, experimental e muito lôko mesmo, entramos na última edição do ano!!!!!! Na luta, suor e arte!
Pois é, não temos previsão de volta, alguns envolvidos diretamente no projeto vão se dedicar a suas carreiras, enquanto outros insistirão na busca de verba para a volta triunfal! O Bar Primeiramente ForaTemer! não consegue mais sustentar tanta denúncia arquivada, quicá tantos projetos experimentais.
Vamos então a essa já saudosa edição e seus artistas:
A Maumau, gestada e gerida por mulheres, abre os portões para receber a artista Virginia Medeiros, com o filme Cais do Corpo, realizado durante a derradeiras etapas da “revitalização” da Praça Mauá, na zona portuária do Rio de Janeiro. CAIS DO CORPO constitui-se como uma espécie de registro dos últimos dias do universo de prostituição que florescia na região desde a década de 1930. Abordando, sob um olhar crítico, os projetos urbanísticos que gentrificam zonas inteiras das cidades sem nenhum planejamento de inclusão social, a obra encara a performatividade do corpo das prostitutas como prática social e política na qual se comunicam, às vezes de modo singelo, erotismo e resistência.
Também recebemos nosso amigo e enviado especial no mundo Lourival Cuquina com o trabalho PROJÉTIL DE ARMA FRIA. Quem porta a arma? Quem comete o crime? Nestes últimos episódios da farsa fascista, como entender a arte no código penal? "O crime não é o ato em si. Num exemplo bem radical o ato de matar que pode ser considerado a priori um crime, porém quando feito pelo estado numa pena de morte pode não ser considerado crime. Não são atos, mas o que se escreve sobre eles no código penal." Neste mesmo sentido, Cuquinha junto com Joana Amador, Mariana Lacerda e Mariana Sgarion, trazem a instalação UM E TRÊS MENOS UM CRIME, que, assim como o crime também é só o que se define como crime, o conceito da obra vai por aí. Segundo os artistas "Nesta obra, temos não só o que se escreve no código penal sobre o porte das substâncias, mas também quem está portando elas(...) Temos principalmente o crime social na obra que é a diferenciação dos acusados pelo poder econômico.
Nosso querido Ronald Duarte(RJ) nos mostra GUERRA É GUERRA, uma série de 12 vídeos que envolvem a questão da violência nas cidades, em especial na cidade do Rio de Janeiro. Por exemplo,o vídeo “O que rola VC VÊ” , Ronald 'lava' as ruas do bairro com corante vegetal vermelho, numa clara alusão ao sangue que corre pelas ruas da cidade. As ruas cheias de “sangue” se transformam em um cenário macabro que se abre para as mais diversas reações da população. O trabalho de Ronald Duarte é marcado pela presença das diversas formas de violência vivenciadas nas cidades.
Na Galeria B da Maumau, o artista paraense Fernando D Padua traz registros em vídeo de experiências de ocupações poéticas da cidade, com CICLOVIDA: FLOR NO ASFALTO. Um traçado atravessado por questionamentos sobre a prática da arte no âmbito poelítico-estético de intervenção direta nos espaços públicos, instigando práticas de reivindicação das vias de trânsito. Ações aleatórias nas vias da cidade, demarcando espaços físicos de transito na psicogeografia urbana para provocar a reflexão sobre o direito a locomover-se na cidade utilizando outros meios para o transporte não motorizados.
Uma ação puxando a outra: a oficina de RadioBike, do Projeto "Maumau Labratório- Ano II" encerra com uma grande intervenção urbana partindo e voltando pra Maumau. Fabiana Tubino, Vitor Maciel e Sofia Galvão vão nos informando como vai rolar! É aberta, ocupando a cidade e voltando para tomar uma Turvalina na Mapuche ou uns driks no Bar Primeiramente ForaTemer!
Nosso som vai estar por conta de nossa dupla predileta Abel Alencar e Guto Conde! Set list guerrilha!
Lembrando que estamos dentro de uma programação incrivel de ações de arte em Recife neste mês de novembro, como o Criaturas Urbanas, a quem o Cinecão agradece por proporcionar a vinda de todos os aristas desta edição LUXOOOOOOOOO!