Maumau Cabaré?!
Pois é. 2015 aqui é desvirginado por Vitor Maciel, que abre a nossa 1ª exposição do ano: Distrito da Luz Vermelha.
Parece mesmo que esta cor vem gerindo nosso espaço. O vermelho, característico da maumau, também esteve presente na última exposição, de Marie Carangi. Os dois artistas foram selecionados no nosso edital ‘Lançamento de Artista’. E agora, ainda que por um caminho distinto, a exposição segue para o ápice da ‘putaria’ artística.
O vermelho, no latim vermillus, "pequeno verme", faz parte do nosso ambiente e vocabulário, com seus mais diversos símbolos e significados. Numa pesquisa rasteira pela internet, conseguimos encontrar a suposta origem que faz o Brasil, entre muitos outros países, associar a luz vermelha à prostituição. Foram os chineses! (Aqueles safados... ;) Com suas lamparinas vermelhas de bambu e seda, sinalizavam as "casas de vinho": bares clandestinos de prostituição.
Mas aqui nos trópicos, o que bebemos não é vinho: é cerveja. E o Distrito da Luz Vermelha conta ainda com cervejas artesanais, fabricadas pelo próprio artista. Vitor, o artista-cervejeiro, ao lado de Bia Baggio, apresenta 4 receitas dessa bebida tão apreciada por nós. As cervejas, já por seus nomes de batismo, criam certa curiosidade. São elas: Alquimia Irresponsável, Dopamina/ml, Pé da Preta e Cabidela.
A exposição de Vitor, terá uma serie de registros, em fotografia e vídeo, de sua intervenção artística realizada em 2013 (durante o SPA das Artes), na AV. Conselheiro Aguiar. Na ocasião, Vitor cobriu as luzes dos postes, num trecho da avenida, com a cor vermelha. A avenida, conhecida por ser um dos pontos escolhidos por garotas de programa, permaneceu assim durante uma semana, convidando os passantes e frequentadores a experienciar o lugar de uma forma incomum.
Na Maumau, o ambiente também vai se transformar através da iluminação e outros suportes. Vitor vai ocupar não só a sala principal, como também o ambiente externo. O Distrito da Luz Vermelha conta ainda com a participação da modelo Brenda Bazante. A sua presença, nada despercebida, promete temperar ainda mais essa noite marginal através da performance Vísceras, que integra a exposição.
Durante todo o processo, um ‘ouvido’ vai circular entre o público. É o Ouvido de Charlote: uma caixa de madeira que vai captar depoimentos de quem se interessar em contar seus segredos, delírios e afins!
Então é isso concubinxs de Hellcife: o vermelho continua sendo a cor mais quente!