Curso de Teatro Piancó "o despertar do artista"

Imersão criativa com foco no autoconhecimento somado a um retiro/residência na região serrana de Aldeia mobilizam o Curso de Teatro Piancó - "o despertar do artista" na galeria MAUMAU e na CASA DE XAMANISMO CENTRO DA TERRA com mediação do ator e diretor Júnior Aguiar. 

Proposta: Serão 25 encontros pedagógicos-criativos com abordagem progressista, visão holística, valorizando o ensino com pesquisa. Durante o processo serão estruturadas montagens de espetáculos solos ou performances dentro das propostas desenvolvidas por cada participante. E quatro dias de retiro/residência na Casa de Xamanismo Centro da Terra, na região serrana de Aldeia, para uma imersão criativa integrando delicada gastronomia, contato com a natureza dentro de uma reserva de mata atlântica e acolhedora hospedagem. 

O nome do curso, remete ao idioma tupi-guarani, cuja palavra PIANCÓ, significa “pássaro que canta”. O curso tem como subtítulo, a expressão “o despertar do artista”, termo preciso para descrever o que os alunos/participantes irão vivenciar. O objetivo principal é despertar o o autoconhecimento artístico de cada pessoa, fazer a sua "inspiração" ressoar integrando o EU (dimensão psicológica), a Pessoa (dimensão ética), o Cidadão (dimensão política) e o Sujeito (dimensão filosófica) de cada participante.

Na ementa, é valorizada a arte e a educação como elementos norteadores; os participantes irão averiguar a estrutura e o processo dos elementos fundamentais que constituem um projeto de pesquisa artístico e um processo de criação cênico/performativo; visão panorâmica dos tópicos relevantes da História do teatro e de algumas teorias fundamentadas na cena moderna; enfim, cada aluno/artista irá usar o teatro como forma de comunicação, diálogo e encontro com a sociedade, para, por fim, vislumbrar linhas e tendências para o teatro contemporâneo que desejamos apresentar.

O curso atende a quem busca novas experiências pedagógicas, iniciando ou aperfeiçoando sua formação profissional, mesmo atuando em outras áreas,  investindo na sua capacitação por preço bastante acessível. Combater a timidez, a ansiedade e a procrastinação. Receber certificação para currículo e portfólio.  

SOBRE OS LOCAIS:

Maumau é um espaço para convergência e experimentação artística instalada numa linda casa, localizada na área central do Recife. Cercada de árvores, ela é dividida entre ateliês, residência e espaços livres voltados para arte. A casa é localizada num bairro central da cidade, sendo uma das poucas que permanecem com suas características iniciais – construída no ano de 1938. Funciona de forma cooperativa e independente, com foco em artes visuais, porém, abrigando também outras linguagens: teatro, dança, yoga, dentre outras expressões. Dentro da Maumau, encontramos a Sala Monstra, onde o curso irá se desenvolver, a sala é um espaço alternativo cercado de jardins e varandas cobertas por frondosas mangueiras, cuja função é ampliar a troca entre artistas e público interessado.

Casa de Xamanismo Centro da Terra está localizada na região serrana de Aldeia, hoje, consolidada como o bairro verde da na Região Metropolitana do Recife. O espaço holístico-pedagógico, com estrutura pitoresca e rústica, está integrado numa belíssima reserva de mata atlântica, possuindo área de camping e quarto coletivo para alojamentos e uma arena cerimonial.

Programação:

CURSO DE TEATRO PIANCÓ – “O DESPERTAR DO ARTISTA” com Júnior Aguiar

*para atores e não-atores

SEG| QUA - 19h00 às 22h00 
Investimento: R$ 150 reais
Inscrição e informações: (81) 99921-5666 | aguiarecife@hotmail.com
+ Depósito da mensalidade (enviar comprovante)

Dados para depósito:
Genésio Gomes de Oliveira Júnior
Banco Bradesco
agencia - 0291-7 /conta - 007.9787-1 / Genésio Gomes de Oliveira Júnior


 

Sobre Júnior Aguiar / Coletivo Grão Comum

Jornalista, diretor, ator e pesquisador da área de Comunicação Social, habilitado em Jornalismo, especializado em Docência no Ensino Superior. É o coordenador pedagógico da Casa de Xamanismo Centro da Terra. Com 38 anos de idade, e 24 anos de carreira no teatro, fundou com outros artistas, em 2008, o Coletivo Grão Comum, com vasto repertório de espetáculos premiados e apresentados no Brasil e no Exterior. Desenvolveu a pesquisa da Trilogia Vermelha, no qual encenou e atuou nos três espetáculos. As obras tiveram grande repercussão por redimensionar a importância da vida e obra de três emblemáticos nordestinos mundialmente reconhecidos: o cineasta baiano Glauber Rocha, o educador pernambucano Paulo Freire e o bispo cearense Dom Helder Camara. Atualmente, desenvolve a criação do espetáculo BREU, com texto Geraldo Maia e direção de Asaías Rodrigues e exerce a mediação do Curso de Teatro Piancó - "o despertar do artista". Em 2017, convidado pelo SESC, ministrou dentro das comemorações da 10º Mostra Capiba de Artes, a oficina O Solo do Ator: o que você tem a dizer? 

Histórico do Coletivo Grão Comum

O Coletivo Grão Comum iniciou sua trajetória em janeiro de 2008. Formado inicialmente pelos atores Asaías Rodrigues , Arthur Canavarro, Daniel Barros e Júnior Aguiar, nele foram produzidos quatro espetáculos-solos como resultado da pesquisa de cada ator.

Abanoi - desse lado onde estás (Aguiar); Mucurana - de mundo afora e estrada adentro (Lira); Delicado (Barros) e MARéMUNDO (Canavarro).

ABANOI - desse lado onde estás interliga falas contemporâneas à vozes ancestrais. Numa reunião, um deus dotado de inteligência é assassinado com uma mistura. Mas do corpo do deus surge um fantasma que reaparece para lembrar tudo o que aconteceu. Através do tempo, o fantasma relembra coisas que não podem ser esquecidas e encarna o anseio da liberdade, não só da pátria, como do próprio ser humano e, principalmente, de todos os povos oprimidos e humilhados. No momento de decifração dos textos, identificamos uma mesma voz unir referências seculares, num legítimo jogo de intertextualidade que coloca em diálogo: os brasileiros Augusto dos Anjos(1884-1914) e Machado de Assis (1839-1908); o africano Patrice Lumumba (1925-1961); o grego Nikos Kazantzákis (1883-1957) e Nur-Aya nascido na Mesopotâmia (XVII a.c.) cujo texto originalmente foi escrito em tábuas de barro. A estreia da sua primeira temporada aconteceu no dia 23 de maio de 2009. Ganhou os prêmios Melhor Sonoplastia, Ator e Projeto de Pesquisa na III Mostra Capiba de Teatro (SESC – CASA AMARELA).

MUCURANA - de mundo afora e história adentro mostra a passagem de um peregrino contador de histórias que atravessa o seu país carregando apenas uma bolsa e dentro dela: causos, lendas e cordéis que costuram com a sabedoria popular retalhos da nossa identidade brasileira. Mucurana canta, dança e relembra provérbios, trazendo à tona o conceito simbólico e ancestral do homem sábio que fala ao povo. O espetáculo defende a tradição do contador mambembe de histórias que fala ao povo: alerta o oprimido, faz orgulhoso o preto e também o artista pobre que sempre se posiciona no tabuleiro da fome, da necessidade e da esperança! Suas palavras dizem do preconceito, do dinheiro e do lixo. Suas frases ainda falam do Brasil descoberto pelos índios, das estrelas, da esperança e da liberdade. Sua estreia foi no dia 28 de novembro de 2009 no Mercado de Casa Amarela (Recife/Pernambuco).

DELICADO é uma livre adaptação da obra de Nelson Rodrigues. O espetáculo é a confissão trágica do personagem Eusébio, filho de Macário e Dona Flávia (mãe de sete filhas). Ele aprendeu desde cedo: a moralidade é basicamente condenatória. A encenação fala das convenções tecidas pela Moral, coloca em questão a natureza do nosso espírito perguntando: nascemos puros e bons? Somos esses seres generosos e benevolentes ou na verdade descobrimos que não existe bondade natural e que a delicadeza acabou... Somos egoístas, ambiciosos, agressivos, castradores, cruéis e precisamos do dever para nos tornarmos seres morais? Qual natureza possui Eusébio? Sua existência contraria o olhar viciado e cheio de curvas da instituição familiar e da própria sociedade que macula a natureza humana com um machismo exacerbado, retrato de uma sociedade fálica que continua a gerar uma opressão secular sobre a mulher e sobre a própria questão (contraditória) das sexualidades e dos gêneros. A estreia foi no dia 24 de setembro de 2010 no Teatro Alfredo de Oliveira.

MARéMUNDO é o quarto e último solo do Coletivo Grão Comum. A encenação conta a história de Beira-mar. É a odisséia de um pescador pelo desconhecido, atravessando o oceano, por crer na existência de uma ilha que ele precisa chegar. No seu universo, o mar não é simplesmente uma realidade física e biológica, mas povoada por mitos, monstros e divindades. É uma narrativa sagrada que vai além dos heróis, dos monstros marítimos, das histórias de sereia e dos desafios irreais. Navegar é preciso, porque quando somos surpreendidos, quando acontece algo inesperado ou imprevisível, quando o significado costumeiro das coisas, das ações, dos valores ou das pessoas perde sentido, mudamos, ou precisaríamos mudar de rumo para entender o porquê de tudo acontecer revelando o nosso destino. Sua pré-estreia foi no dia 01 de fevereiro de 2011, na Mostra Grão Comum, realizada no espaço MUDA.

Posteriormente, Júnior Aguiar, em parceria com a produtora GOTA SERENA e CENA OFF, idealizou e produziu a TRILOGIA VERMELHA.

O primeiro espetáculo h(EU)stória - o tempo em transe (com os atores Júnior Aguiar e Márcio Fecher) estreou no 20º - Janeiro de Grandes Espetáculos - Festival Internacional das Artes Cênicas de Pernambuco. Sendo indicado a seis categorias do prêmio APACEPE e ganhando melhor ESPETÁCULO e TRILHA SONORA na categoria teatro adulto. ‘Desde o encontro regado a tchai (bebida indiana) na entrada do teatro, aos incensos e o altar-oferenda, com defumação e água perfumada, ao branco vestido pelos atuantes, tudo desvela o universo apocalíptico, caótico e profético do personagem central do trabalho, descortinando-o, documento a documento. O trabalho tem verdades desconcertantes. É um campo em transe que vaza do palco para a plateia. A história foca sua narração dramatúrgica nas relações do cineasta baiano Glauber Rocha com Pernambuco através das cartas escritas para o poeta e educador Jomard Muniz de Brito e o ex-Governador Miguel Arraes. O espetáculo impressiona pela atualidade do discurso e com a revelação desta importante personagem nacional.

O segundo espetáculo pa(IDEIA) - pedagogia da libertação (com os atores Daniel Barros e Júnior Aguiar) estreou no Trema!Festival e ganhou os prêmios de melhor ESPETÁCULO, DIREÇÃO E ATOR COADJUVANTE no Festival Abril Para o Teatro em Caruaru. E no 23º Janeiro de Grandes Espetáculos - Festival Internacional das Artes Cênicas, foi indicado para seis categorias do prêmio APACEPE e ganhou melhor TRILHA SONORA, ILUMINAÇÃO e ATOR COADJUVANTE (para Daniel Barros). A prisão do professor Paulo Freire em 1964, o Brasil de hoje e as contradições da educação são os temas centrais da obra. Política, dialética e amor para atingir a libertação através das ideias. E o espectador sendo permanentemente colocado a ocupar/desocupar, agir/reagir, falar/silenciar a cada novo avanço da História. O espetáculo propõe um diálogo - sempre a partir da reflexão social - que não deixa ninguém a margem da vida pública nacional.

O terceiro e último espetáculo da Trilogia Vermelha pro(FÉ)ta - o bispo do povo (com os atores Daniel Barros, Junior Aguiar e Marcio Fecher) fez sua estreia no 24° Janeiro de Grandes Espetáculos, abrindo as comemorações dos 10 anos do Coletivo Grão Comum e ganhando o prêmio APACEPE para ATOR COADJUVANTE  (para Daniel Barros). A encenação começa no ano de 1969 dando a notícia do sequestro e assassinato do padre Henrique, recordando o martírio dos corpos trucidados pela Ditadura militar. A peça mobiliza um cortejo, conduzindo os espectadores rumo ao sepultamento do santo corpo. A obra pede paz, evoca reza forte, questiona a crença e a dimensão da fé guardada nos nossos corações em busca de espiritualidade. Mas o arcebispo D. Helder Camara, incansável defensor dos direitos humanos, faz soar fortemente o som dos sinos das igrejas velhas de Pernambuco, perguntando: quem tem medo da História? E anuncia, dançando ciranda e abrindo todas as portas da igreja das fronteiras, um novo Papa para tempos difíceis.

Atualmente, fechando as comemorações dos 10 anos do Coletivo, Asaías Rodrigues e Júnior Aguiar anunciam duas novas estreias, os espetáculos BREU e CIRCO GODOT, em parceria com os artistas Charles de Lima, Quiercles Santana e Geraldo Maia.

Por fim, realizou a MOSTRA COLETIVO GRÃO COMUM (Janeiro/2010) e produz o FESTIVAL DE ARTES COVA DA ONÇA (em Aldeia)


 
Júnior Aguiar
Jornalista
Professor
ator do Coletivo Grão Comum
Coordenador do espaço holístico-pedagógico Casa de Xamanismo CENTRO DA TERRA
contato (81)99921-5666 - tim

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