Em 2010 estava voltando `a Recife depois de uma temporada em Porto Alegre, onde tinha acabado de fazer uma exposição individual, reencontrei Irma e Fernando num novo espaço de arte/casa, a Maumau. Prontamente me convidei a expor lá e, imediatamente, os dois aceitaram a guerrilha de produzi-la sem grana. Esta seria a primeira de muitas, incríveis e instigantes "roubadas" (coisas que amamos fazer, mas que dão um trabalho danado porque, ou temos pouca grana, ou nenhuma), que produzi com Irma na Maumau, até um pouco antes da pandemia.
Seja como espaço de criação individual, de compartilhamento de produções de outros artistas ou como casa da amiga, a Maumau corresponde, na minha trajetória como artista e pessoa, como um lugar de possibilidades de futuro e de reconhecimento de um passado que está vivo nas inúmeras redes e pontes construídas.
É natural de Viamão/RS, iniciou a carreira com cenografia em teatro e escola de samba. No final da década de 90 muda-se para Olinda/PE e explora a pintura em diversos suportes, inclusive o audiovisual. Surgem as primeiras investigações em videoarte e filmes experimentais. Além de escrever e dirigir seus próprios filmes, atua como diretora de arte. Trabalha com diversas plataformas artísticas, multiplicando estas experiências através de ações como o Cinecão ou como artista educadora em projetos de experimentação audiovisual, como a Escola Engenho. Coordena coletivamente projetos da Galeria Maumau e faz parte do CARNE Coletivo. Atualmente finaliza dois curtas, co-roteiriza e co-dirige a segunda temporada da série sobre artes visuais Brasil Visual/Canal Curta e prepara uma exposição individual no Centro Hélio Oiticica/RJ. Vive em Recife.